sábado, 7 de novembro de 2009

FOME mata 24 mil por dia


Fome

por Hélio Pedroso



O diretor da FAO, Jacques Diouf, no Vértice de Roma (10 - 12 de junho), declarou que o combate à fome no mundo foi um fracasso

A cada 3,6 segundos, uma pessoa morre de fome. Por dia, são vinte e quatro mil. Quase todas são crianças desnutridas. E, todavia, o mundo produz mais alimentos de quanto seria necessário para sustentar todos os moradores do planeta. Mesmo assim, há 820 milhões de famintos.

A luta contra a fome pode apresentar alguns avanços, como confirma a própria FAO, que se alegra com os 6 milhões de pessoas que, todos os anos, são arrancadas da morte; amesma FAO, porém, lamenta mais 30 milhões de famintos e subnutridos na África. "Foi um fracasso coletivo", diz o diretor geral da FAO, Jacques Diouf, e com essa amarga constatação se abriu a reunião qüinqüenal em Roma, para procurar entender por que os objetivos fixados em 1996, de cortar pela metade o número de famintos até 2015, não foram nem serão alcançados. Diouf vai pedir mais 24 bilhões de dólares para alcançar a meta desejada, mas, apesar de tantas presenças ilustres e promessas e gritando que o alimento não é mercadoria mas um direito, a FAO parte novamente com o pé em falso.

A HISTÓRIA DA FAO

Criada em 1945 com a finalidade explícita de combater a desnutrição no mundo, melhorar as condições de vida e potencializar a agricultura entre as populações mais pobres, a FAO é, hoje, a maior agência especializada da ONU, com mais de 4000 funcionários e 180 países participantes mais a União Européia. É a líder nos campos da agricultura, das florestas, da pesca e do desenvolvimento rural. Desde a sua criação, a FAO conseguiu melhorar a vida humana em vários países subdesenvolvidos e reduzir, nos últimos anos, para menos de 20%, os 50% da população faminta do mundo.


Os altos índices de fome e de desnutrição nas populações mais pobres continua ameaçando a esperança de vida de milhões de crianças em todo o mundo, principalmente no continente africano
Nesse encontro de Roma, mais uma vez, reafirmou-se solenemente o desejo de querer diminuir a fome até 2015. Nos últimos anos, de fato, houve avanços e sucessos que animaram a esperança de tempos melhores para milhares de pessoas.

Cita-se o projeto de educação alimentar que os peruanos adotaram comendo arengues (6 milhões de toneladas) que serviam somente como alimentação para os animais.

Também aprimoraram a conservação de grãos em silos apropriados debaixo das casas, para evitar as perdas provocadas pelas baixíssimas temperaturas dos invernos andinos. Em Burkina Fasso, foram adotadas bombas hidráulicas simplificadas para irrigação dos campos, triplicando a produtividade. Noutros lugares da África como em Angola, milhares de agricultores, por intermédio da FAO, tornaram-se proprietários de terras, requisito indispensável para o desenvolvimento. Ninguém cultiva a terra se não tiver certeza de recolher, em seu benefício, o fruto do seu trabalho.

Esses são exemplos eficazes de como poderia se reverter a fome, mas ainda são iniciativas insuficientes num mundo imenso de fome e de precariedade. Em primeiro lugar, o problema está ligado à produção local dos alimentos. Enquanto o alimento não for produzido pelas populações que dele precisam, a solução será sempre precária e, portanto, dramática. A distribuição de alimentos que provêm de outros países chega, às vezes, tarde. Já aconteceu que as sementes chegaram após o período da semeadura e foram comidas para satisfazer a urgência da fome, criando assim um círculo vicioso: sem semente não teria o fruto na colheita seguinte. Há suspeita, também, de que governos de países em conflitos desviaram para seus exércitos alimentos enviados para a população.

Essas falhas organizativas, incluindo-se os esforços que são abandonados, após o término da emergência, e o desperdício de alimentos enviados e abandonados, alimentaram uma certa desconfiança entre os investidores públicos e privados que diminuíram sensivelmente sua ajuda. Os doadores europeus cansaram de ajudar, quando não perceberam melhora nas condições desses países e se limitaram a colaborar nas emergências que, porém, não mudam a situação da fome. Cita-se, como exemplo, a produção agrícola africana parada nos níveis do século passado e 500 vezes menor em relação ao Ocidente. Um técnico voluntário na África subsaariana, José De Bac, desabafa: "Se tenho que deixar um projeto em andamento por alguns meses, quando volto, às vezes não encontro nada feito e as ajudas sumiram".

3 comentários:

  1. Querida Suzane,
    Seu blog está bem bonito, organizado, parabéns.

    Leia esse texto que vc postou e não esqueça de fazer um belo resumo.
    Procure também corrigir os erros de português.
    Bjs
    Minagé

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  2. Oi Suzane.

    Que tal vc procurar informaçõe sobre a fome no Brasil.
    Além disso, vc postou informações bem interessantes, gostaria de que vc fizesse um resumo sobre os textos com suas palavras e elaborar seu mapa conceitual tendo esse resumo como base.
    Bjs

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  3. Oi Suzane,
    Estou aguardando o resumo dos textos que vc postou.
    Além disso, será que vc consegue achar um mapa sobre a fome no Brasil?

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